História e evolução dos controles de videogames

Controles de videogames estão em uma crescente evolução há mais de 30 anos. Do simples controle do Atari 2600 passando pelo inusitado controle do Nintendo 64 e chegando ao revolucionário Wii remote, tem bastante história para contar. As mudanças ao longo dos anos trouxeram mais funções de comandos e direções, deixando os controles mais modernos, precisos e ergonômicos. O PlayStation 4, o Xbox One e o Wii U trazem para a nova geração uma nova leva de inovações na maneira de controlar nossos jogos. Levantamos os 13 modelos que marcaram esses 36 anos de vida dos controles de videogames.

1 – Atari 2600 (1977)

Um joystick com um botão apenas: o controle do Atari 2600 foi um dos primeiros joysticks digitais criados. Composto por um simples Fire Button, suas especificações eletrônicas serviram como base para muitos anos de estudo, sendo um grande progresso na padronização dos controles de videogame. A simplicidade e a flexibilidade do joystick do Atari 2600 ajudou na produção de novos jogos que exigiam ações mais intuitivas e menos mecânicas.

                                                                                      2 – NES (1983)O NES popularizou o Directional Pad, mais conhecido como D-Pad. O direcional em forma de cruz foi criado por Gunpei Yokoi, da Nintendo, e iniciou uma nova maneira de trazer precisão aos jogos. Considerado ótimo para jogos mais complexos, o controle trazia os botões A e B, e os botões de Start e Select. O controle de NES foi revolucionário por conta do sistema D- Pad (que é usado até hoje nos controles, marcando presença no Xbox One), mas também tinha problemas, principalmente quando se tratava de ergonomia, pois seu estilo “quadradão” era sinônimo de dores nas mãos após horas de uso intenso.

3 – MEGA DRIVE (1988)

Perdendo aquela característica chapada do controle do NES, o console da Sega foi o primeiro a apresentar uma proposta mais ergonômica em seu design. Seu estilo “meia-lua” era muito confortável, melhorando drasticamente a experiência dos jogadores. Além do formato, a principal mudança foi vista no botão D-Button, que deixou de ser quadrangular e se tornou circular, possibilitando oito diferentes comandos. O controle do Mega Drive também trouxe a inclusão de mais um botão de ataque, sendo o A, B e C dispostos na vertical do aparelho para melhor comodidade dos dedos. Há também uma versão do controle com seis botões, que foi projetado para aperfeiçoar a jogabilidade em determinados jogos. Vale lembrar que essas inovações estão vivas até hoje, basta reparar na curvatura arredondada da maioria dos controles atuais.

4 – SUPER NES (1990)

Considerado um dos consoles mais queridos de todos os tempos, o controle do SNES trouxe inúmeras inovações. Começando pelo aumento de dois botões para seis (A e B/ X e Y/ L e R) que fez a jogabilidade mudar bastante. Se antes o personagem pulava com A e corria com B, no SNES passou a pular com B e correr com Y; e ainda sobrava quatro botões para outras ações secundárias. A maioria dos jogos seguia nessa linha, consagrando o Y como o “botão de ataque”, e o B como o “botão do pulo”. Outra grande inovação foram os “shoulders buttons”, colocando o L e o R ao alcance dos indicadores, dando acesso à defesa, corrida, mira, mudanças de armas e equipamentos. A partir de então, o uso de “shoulder buttons” (os botões de cima) tornou-se praticamente obrigatório em todos os controles que surgiram.

5 – N64 (1996)

A Nintendo tem a fama de inovar em seus controles – e com o Nintendo 64 não foi diferente. Com um aspecto diferenciado e notavelmente maior, o controle foi projetado para que fosse possível segurá-lo de várias maneiras diferentes e, principalmente, que fosse ideal para interagir em cenários 3D. A principal inclusão foi o direcional analógico (analog stick), que oferecia uma rapidez maior nos comandos e nas movimentações do personagem. Vale lembrar que não foi o N64 que introduziu a tecnologia – o console Vectrex, de 1982, foi o pioneiro a usar um direcional analógico. Porém, foi o N64 que popularizou a ideia.

6 – PLAYSTATION (1997)

Às vezes a gente até esquece que os controles Dual-Stick nem sempre eram o padrão na era dos jogos em 3D. Popularizado no primeiro PlayStation, a Sony lançou o seu controle Dual Analog Controller, inserindo dois direcionais analógicos, três anos depois do videogame já estar disponível no mercado. O controle tinha uma disposição de botões bastante parecida com a do Super NES e trazia os botões apelidados por formas geométricas. O controle do PlayStation trouxe também os “shoulders buttons” (R1 e L1), e melhorou-os, adicionando mais um par: o L2 e o R2. Três gerações do console mais tarde, a maioria dos jogos dependem dos comandos do primeiro PlayStation para manejar funções básicas de jogo.

7 – DREAMCAST (1998)

Apesar do seu tempo de vida ter sido exterminado com a chegada do PlayStation 2, o Dreamcast é considerado pelos jogadores um grande console. Principalmente por conta de seu controle. Com um design bastante parecido com o “3D Controller” do videogame Saturn, o controle do Dreamcast traz quatro botões de ação: X, Y, A e B – as mesmas letras utilizadas no controle do SNES, apenas com arranjo diferente (X no lugar do Y e A no lugar do B). Uma de suas principais características é o acessório VMU (Unidade de Memória Visual) – um cartão de memória que fazia muito mais do que apenas salvar os jogos. Ele também funcionava como um dispositivo portátil quando desconectado do controle. Sua popularidade inspirou a produção de tablets e smartphones. Os controles do Wii U e o SmartGlass, da Microsoft, são claramente inspirados pelas ideias pioneiras da Sega com o VMU.

8 – GAMECUBE (2002)

Continuando a inovar, a Nintendo lançou o videogame Gamecube. Seu controle é levemente inspirado no do SNES e no DualShock, com algumas modificações, como a inclusão do novo estilo de botões, os “satellite buttons”. É chamado assim por conta do seu grande botão localizado no centro que é como se fosse um planeta, onde outros pequenos ficam em volta dele, orbitando como satélites. Mesmo sendo estrelar, a sua principal novidade veio um ano depois do console já estar nas lojas, quando a Nintendo lançou o controle WaveBird. Esse modelo inseria um adaptador sem fio e eliminava a necessidade de fios e cabos jogados no meio da sala. Controles sem fio são universalmente comuns nos controles atuais, e nós temos que agradecer isso ao sucesso do WaveBird.

9 – XBOX 360 (2005)

Em apenas uma geração, a Microsoft mudou a sua fama de ter um dos controles mais caluniados de todos os tempos para um dos mais reverenciados. O controle do X360 é uma versão limpa e moderna do primeiro Xbox, mas o aparelho ganhou admiradores por duas razões específicas: a inclusão do botão guia ao centro e a sua falta de fios. O logotipo do Xbox localizado ao centro do controle permite que os usuários revelem um grande sistema de menu, não importando o jogo ou o aplicativo que está sendo executado. Desde então, a Sony e a Nintendo fizeram o mesmo sobrepondo botões equivalentes em seus controles.

10 – Wii REMOTE (2006)

Se você se queixa que as empresas de jogos não se cansam de lançar controles de movimento, deve culpar a Nintendo e o Wii Remote por isso. Com um acelerômetro e sensor infravermelho, o controle do Wii capturou a imaginação do público de uma forma que os consoles de videogame não tinham conseguido até então. O Wii não tinha gráficos em alta definição e substanciais recursos online, mas o seu peculiar controle foi o suficiente para vender mais de 100 milhões de unidades – ultrapassando as vendas do lendário NES. Mais que isso, a sua existência forçou a Sony e a Microsoft a criarem os seus respectivos controles de movimentos.

11 – Wii U (2012)

Satoru Iwata, presidente da Nintendo, disse que “o Wii conectou as pessoas dentro da sala; o Wii U vai conectar as pessoas de uma sala à outra”. Batizado de Wii U Gamepad, o controle do Wii U nasceu para ser um aparelho que também pode se transformar em um tablet – ou seja, se o jogador precisar liberar a televisão da sala ele pode continuar jogando em outro cômodo, simplesmente carregando o controle para lá. O Gamepad possui uma tela sensível ao toque, câmera, microfone e até mesmo um leitor NFC (Near Field Communication) embutido. No entanto, apesar de toda a tecnologia, o Wii U ainda está lutando para vender. É polêmico culpar o controle, já que ele funciona exatamente como o prometido.

12 – PLAYSTATION 4 (2013)

A Sony é conhecida por apostar em seus controles DualShock. Com rara exceções, cada modelo tem se mantido fundamentalmente inalterado desde 1997. No entanto, a empresa oficialmente fez algumas mudanças drásticas na fórmula do seu novo console. Os botões Select e Iniciar foram substituídos pelos botões Option e Share; um painel sensível ao toque foi incluído ao centro do aparelho e uma barra de luz LED está posicionada na parte superior – sua função é rastrear a câmera do PS4. O DualShock 4 vem com os botões superiores mais côncavos e uma textura menos escorregadia.

13 – XBOX ONE (2013)

O controle do Xbox One não sofreu muito mais do que um refinamento em relação ao controle do Xbox 360. Suas principais mudanças foram o D-Pad agora em forma de cruz (como o do NES); os gatilhos mais firmes; o botão de guia se deslocou para cima; e os botões Start e Back foram substituídos por botões de tamanho similar. Parecido com o DualShock 4, o controle do Xbox One também inclui uma barra de LED infravermelha adicionada ao topo para o Kinect. Apesar de mínimas, as mudanças justificam a falta de compatibilidade com o controle do Xbox 360.