Esse segundo episódio de “The Wolf Among Us” solidifica tudo o que foi apresentado no anterior. A ação foi deixada um pouco de lado para focar-se mais no desenvolvimento de Bigby como personagem. O Lobo Mau dos contos de fada se sente deslocado como herói, embora seja extremamente habilidoso dentro da função que tem como Xerife. Ele vive em constante conflito entre o que é hoje e o que foi no passado, coisa que os outros personagens insistem em não deixá-lo esquecer.
Aqui retomamos a história a partir do final surpreendente do primeiro episódio e esse ritmo não é perdido em nenhum momento. A medida que as pontas soltas vão se amarrando e novas aparecem, o jogo não se acanha em esfregar novas surpresas a cada cena. Em “Smoke & Mirrors” – como sugere o título –, nada é o que parece e Bigby parece estar indo cada vez mais fundo na direção de um lugar do qual a fuga não parece simples.
Em contraste com “Faith”, o primeiro episódio, aqui o ritmo é quebrado em prol da condução do roteiro e o desenvolvimento dos personagens. Desde o princípio Bigby e o jogador são encurralado em vielas de decisões apressadas e importantes. Em diversos momentos você precisa lutar contra a natureza do próprio protagonista e se controlar quando tudo o que quer é optar pela desforra da violência. Aqui é que vemos o lado mais humano do Lobo Mau e entendemos melhor as razões de seus conflitos.
O ritmo mais vagaroso não te faz perder o interesse no que acontece com a história, até porque essa cadência não impede o episódio 2 de ir direto ao ponto sempre que julga necessário, seja essa objetividade imposta ou oferecida, como acontece sempre que Bigby está interrogando alguém. O maior exemplo disso está na revelação do final – que normalmente é algo segurado ou empurrado com a barriga até o último episódio – que ainda é previsível a ponto de me fazer entender o que estava acontecendo na metade do jogo, mas que é coerente e bem surpreendente por ter acontecido tão cedo.
Com muito menos ação que o episódio anterior, “Smoke & Mirrors” é uma espécie de respiro antes de voltar à velha rotina. Aqui o combate não precisa servir como incentivo para que os jogadores continuem interessados, se eles chegaram até aqui, o jogo já os conquistou. E é esse o clima que permeia o episódio, que consegue terminar com uma cena ainda mais intrigante que do primeiro e mantém uma qualidade alta mesmo para os padrões da Telltale.
Plataformas: PC, PlayStation 3, Xbox 360 (testada), PS Vita e iOS
Desenvolvedora: Telltale Games
Produtora: Telltale Games
Português? Não
Multiplayer? Não
Produtora: Telltale Games
Português? Não
Multiplayer? Não
Gráficos: 9
Sons: 8
Replay: 7
Jogabilidade: 7
Diversão: 1
Sons: 8
Replay: 7
Jogabilidade: 7
Diversão: 1
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