A Nintendo prometeu revelar diversas informações sobre o Swtich, a sua próxima plataforma, em um evento que vai ser realizado em 13 de janeiro. Porém, o site Venturebeat divulgou diversos detalhes dos componentes técnicos do novo video game da casa de Mario, bem como algumas outras informações relacionadas ao aparelho.
De acordo com o site, o Switch vai utilizar o processador Tegra X1. Essa informação contraria o que muitos sites mencionavam (o fato de o console usar uma versão personalizada), já que aparentemente ele não vai ter mais poder do que um NVIDIA Shield e apresentar o seu processamento gráfico baseado na tecnologia da arquitetura Maxwell (vale mencionar, as GPUs atuais – como a GTX 1080, 1070 e 1060 – trazem a arquitetura Pascal).
Caso esse dado da placa de vídeo se confirme, o console vai ter uma CPU/GPU fabricada com processo de 20 nm (enquanto que a Pascal usa processo de 16 nm e 14 nm em algumas placas). Essa restrição na litografia indica que o X1 do Switch consome mais para fazer uma mesma tarefa com uma performance inferior, porém a Nintendo se vê num momento complicado com as quedas de vendas do Wii U, o que vai forçá-la a adotar um chip antigo para não arriscar a perder ainda mais.

Detalhes de processamento

Outro detalhe mencionado pelo site é o fato de que o processador (CPU) do Switch sempre vai rodar com o clock de 1.020 MHz, independentemente de o console estar no dock ou fora dele (entretanto, haverá diferença na GPU, que será de 768 MHz no apoio e 307,2 MHz longe dele), e a memória vai rodar em 1.600 MHz (1.331 MHz caso não esteja no dock). Isso quer dizer que, na prática, o Switch vai ter 2,5 vezes menos poder de processamento gráfico quando estiver no modo “portátil”, algo que foi feito para garantir maior autonomia de bateria e evitar superaquecimento.
Poder do console será mais baixo quando estiver no modo portátil
É válido mencionar também que a diferença de clocks do modo dock para o mobile é o que vai definir a resolução. É possível que os jogos rodem em 1080p na primeira opção, enquanto na segunda esse valor seria de 720p (aliás, nada impede que alguns jogos acabem rodando em 540p, já que o chip vai ficar bem limitado nesse modo). Aliás, essa mudança pode exigir um trabalho extra das produtoras, já que é preciso adaptar texturas e outros detalhes para o jogo ficar melhor no modo dock.
É válido mencionar também que a diferença de clocks do modo dock para o mobile é o que vai definir a resolução
Tendo isso como base, fica claro que uma comparação entre as APUs do PlayStation 4 e do Xbox One com a do Switch não seria algo justo, já que estamos falando de arquiteturas diferentes (as plataformas que já estão disponíveis rodam com x86, enquanto a plataforma da Nintendo usa ARM, que é comum em smartphones e tablets).
O mesmo pode ser dito dos clocks (já que a CPU do Switch rodar com 1 GHz não quer dizer muita coisa sem uma aplicação prática, pois o clock da GPU é o que acaba importando no fim das contas no que diz respeito a gráficos), mas uma comparação dos visuais seria algo quase possível caso levássemos em conta o poder de processamento em TFLOPs.
Nesse caso, o Tegra X1 tem capacidade de processamento de 512 GFLOPS (em FP32, que é o "formato de ponto de flutuação em precisão single"), enquanto o da versão normal do PlayStation 4 tem 1.840 GFLOPS (ou 1,84 TFLOPs, também em FP32) e o do Xbox One conta com 1.230 GFLOPS (ou 1,23 TFLOPS).
Por fim, também existe a possibilidade de o Swittch trazer um chip maior (com mais CUDA Cores para aumentar a capacidade de processamento, mas isso não é muito provável já que o Tegra X2 segue a direção contrária, com maior clock e o mesmo número de CUDA Cores), porém isso tudo é algo que só a Nintendo vai poder responder.
*O redator Fábio Jordão auxiliou na produção desta notícia.