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segunda-feira, 17 de julho de 2017

5 verdades inconvenientes sobre o Nintendo Switch


Lançado em março deste ano, o Nintendo Switch parece ter quebrado a “maldição” estabelecida pelo Wii U. Com poucos meses no mercado, o novo console se tornou item raro em lojas e parece que, já em seu primeiro ano de vida, vai conseguir superar as vendas totais de seu “irmão mais velho”.
No entanto, isso não significa que o novo produto da fabricante japonesa é perfeito. Mesmo como um dono satisfeito de uma unidade, posso atestar que há sim uma série de problemas com gravidade variada que assolam o console e podem prejudicar seu futuro. A intenção aqui não é “falar mal” da plataforma, mas sim mostrar que, como acontece com todo produto desse mercado, há certos aspectos nos quais ela ainda deixa a dever.

1 – O fantasma do Wii U não está muito longe

A Nintendo sabe que um dos principais problemas do Wii U foi o grande espaçamento entre seus lançamentos de peso. Tanto é que, para 2017, a companhia garantiu que o Switch vai ter pelo menos um título relevante chegando a cada um ou dois meses — todos eles com estilos variados, que é para agradar a todos os públicos.
Embora pareça que ela está fazendo sua “lição de casa” em 2018, ainda está incerto se ela vai conseguir manter o ritmo de lançamentos first party a longo prazo. Afinal, por mais estúdios que ela tenha, fato é que não dá para desenvolver um novo Mario ou um game com a qualidade de um Breath of the Wild a cada um ou dois anos.
Nesse sentido, o “fantasma do Wii U” surge na forma de um suporte third party que ainda está muito tímido. Os indies até podem ajudar a segurar a plataforma em alguns momentos, mas podem não ser suficientes para sustentar durante “secas” muito prolongadas de grandes lançamentos da própria Nintendo — algo que a Microsoft e a Sony não têm que enfrentar, graças à grande quantidade de third parties relevantes que seus consoles recebem.

2 – O mistério sobre os sistemas online ainda assusta

Outra área que aos poucos está sendo detalhada, mas ainda assusta, são os sistemas online da empresa. Sabemos que teremos que pagar uma tarifa anual de US$ 20 a partir de algum momento de 2018, mas ainda não está claro quais tipos de recompensas isso vai trazer — quais jogos clássicos serão oferecidos, e com qual frequência?
Da mesma forma, não sabemos se a Nintendo vai liberar recursos básicos como a possibilidade de guardar saves na nuvem (isso para não mencionar a possibilidade de enviá-los a cartões micro SD), ou se haverá descontos para quem pagar a anuidade. Além disso, a necessidade de usar um aplicativo para celulares para se comunicar com amigos não parece a solução mais prática ou simples que a empresa poderia ter adotado.

3 – Faltam recursos multimídia

Mesmo quem tem um PlayStation 4 ou um Xbox One já se deparou com momentos nos quais parecia que não havia “nada para jogar” ou quando o melhor programa para a noite parecia ser assistir a um filme na Netflix. Caso você tenha o Switch, infelizmente essa não é uma possibilidade: até o momento não há qualquer software multimídia para o console.
quando a Nintendo tem que falar sobre o assunto, ela nunca se posiciona de forma concreta
Claro, há a promessa de que isso vai mudar em breve, e no Japão já há um software da Nico Nico sendo desenvolvido para a plataforma. No entanto, quando a Nintendo tem que falar sobre o assunto, ela nunca se posiciona de forma concreta, sempre preferindo falar que está “estudando a possibilidade” ou que poderemos ver algo do tipo “mais adiante”.
Seria muito melhor que, em vez de usar a “linguagem empresarial” que não diz muita coisa, a empresa se posicionasse de maneira mais firme. Antes uma afirmação de que, sim, vamos ter Netflix, Crunchy Roll e Amazon Prime Video na plataforma, mas vamos ter que esperar por isso, do que essa posição que só ajuda a deixar os consumidores confusos e ansiosos.

4 – O Switch não é bom para o bolso dos brasileiros

Video games nunca foram algo realmente barato para o público brasileiro, mas optar por ser um fã da Nintendo traz uma dose extra de crueldade com nossas carteiras. Vamos encarar a realidade: são poucas as chances de que a empresa vá ter uma representação oficial no Brasil em um futuro próximo, o que significa que continuaremos suscetíveis às margens de lucro do “mercado cinza”.
Em outras palavras, continuaremos tendo que continuar lidando com vendedores pedindo quase R$ 500 em um Pro Controller ou R$ 300 (ou mais) por um lançamento. Felizmente há circunstâncias que minimizam isso, como a possibilidade de finalmente usar cartões de crédito internacionais emitidos por aqui na eShop dos Estados Unidos, mas estamos longe de um mundo ideal.
Levando em consideração que a Nintendo raramente abaixa o preço de seus jogos, tudo indica que vai continuar sendo muito caro apoiar a empresa morando aqui. Enquanto os donos do PS4 e Xbox One já conseguem comprar games de qualidade por menos de R$ 70 em algumas promoções, os donos do Switch vão continuar achando uma “oportunidade imperdível” se algum título mais legal da plataforma surgir por R$ 150 em alguma loja.

5 – Completa falta de retrocompatibilidade

A Nintendo nos deixou mal acostumados nos últimos anos. Desde o Wii, todos os seus consoles de mesa traziam alguma espécie de retrocompatibilidade com seus antecessores. Em compensação, quem compra o Switch não tem como reaproveitar nenhum dos Wii Remotes, Nunchuks ou games que adquiriu nas gerações passadas.
Para completar, a companhia continua fazendo mistério (algo que parece um padrão para ela) sobre se vamos ou não ter um Virtual Console em breve. Há a promessa de que “jogos clássicos vão ser distribuídos” com recursos novos como multiplayer online, mas não se sabe quando ou como isso vai acontecer.
Da mesma forma, há indícios que mostram que a empresa está considerando trazer a compatibilidade com alguns acessórios do passado, mas nada muito concreto. Todo mundo sabe que um console não sobrevive de passado, mas, em se tratando de uma companhia com uma biblioteca tão rica quanto a Nintendo, parece que a empresa está perdendo dinheiro de propósito ao não apostar em recursos retrocompatíveis para a sua plataforma atual.

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