Aquele aviso amigo: o conteúdo deste texto é opinativo e tem como base a análise de Rise of the Tomb Raider realizada ano passado, para Xbox One. Portanto, a opinião é do redator que fez o review.
Um dos melhores jogos de 2015 finalmente chegou ao PS4! Rise of the Tomb Raider, que ganhou um majestoso 100 na análise do Xbox One, publicada em 2015, aportou no console da Sony com a mesmíssima qualidade e, de lambuja, lotado de conteúdo adicional. Quando rejoguei, me senti ainda mais convicto da nota que dei para essa brilhante aventura, capaz de divertir jogadores de todos os gostos.
Esse é o maior mérito da sequência do bem-sucedido reboot, lançado em 2013: conquistar as massas. Fãs de qualquer idade, adoradores da atmosfera aventureira de cineastas como Steven Spielberg, com direito a peso dramático, amaram a nova jornada de Lara Croft. Aqui, a heroína está, novamente, infiltrada numa conspiração que envolve um artefato capaz de conceder a imortalidade humana.
Sangue, suor, lágrimas e fragilidade mostram, mais uma vez, uma protagonista humanizada, dramática, que carrega o fardo do legado Croft nas costas e que, sobretudo, entende do que faz – sem ser tão durona quanto nos games antigos. Tudo num gameplay muitíssimo amanteigado, como escrevi em letras garrafais na análise do Xbox One.
Edição de aniversário de 20 anos: muito conteúdo!
Quase um ano após o lançamento no Xbox One, o que a versão para PS4 de Rise of the Tomb Raider traz em seu pacote? Há um montão de atrativos aqui, num conjunto que até ganhou um subtítulo mais “chique” da Square Enix/Crystal Dynamics: 20 Year Celebration, ou edição de aniversário de 20 anos.
Basicamente, trata-se da versão mais abrangente da premiada experiência nascida em 2015, numa combinação que oferece os seguintes itens:
- Novo capítulo de história de “Blood Ties”;
- Modo de combate zumbi “Lara’s Nightmare”;
- Suporte ao PlayStation VR;
- Jogabilidade cooperativa Endurance;
- Dificuldade adicional, a “Extreme Survivor”;
- 5 skins clássicas de Lara;
- Traje e arma inspirados em Tomb Raider 3;
- Todos os DLCs previamente lançados, como “Baba Yaga: The Temple of the Witch”, “Cold Darkness Awakened”, 12 trajes, 7 armas, vários pacotes de Cartas de Expedição e mais.
Disponível desde o último dia 11, Rise of the Tomb Raider: 20 Year Celebration tem o preço de um lançamento padrão, isto é, US$ 59 lá fora. Aqui no Brasil, o valor oficial é de R$ 249. O novo conteúdo será incluído como parte do Season Pass no Xbox One e no PC.
Sendo bem sincero? Bem sincero mesmo, de coração? Pouquíssimas. Brilho, sombreamento e oclusão de ambiente, principalmente em texturizações terrestres e paredes, são alguns dos pontos técnicos que se destacam, mas é preciso ter um olhar cirúrgico para notar as sutis mudanças.
Os sabidos da oclusão de ambiente vão precisar pausar para notar algumas sutis diferenças. No Xbox One, por exemplo, o motion-blur está um pouco melhor; quando Lara corre, os quadros “borram” menos, principalmente em detalhes como degraus de escada e outras protuberâncias. São minúcias quase impossíveis de se notar em olho nu.
A partir da experiência adquirida na versão do Xbox One e também na do PC, a equipe trabalhou em etapas de pós-processamento que eliminaram resíduos de imagens graças ao aperfeiçoamento de arestas e “sujeiras” na oclusão de ambiente. Traduzindo: o panteão da Crystal Dynamics aproveitou esse mix e arrancou o que há de melhor nisso para entregar uma experiência consistente no PS4.
Por falar em consistência, o console da Sony sai na frente no quesito sombreamento. Essa versão ficou párea com o game do PC; ao reparar nos reflexos de galhos de folhas de árvores, por exemplo, vemos silhuetas maiores no PS4 do que no Xbox One. De novo: são detalhes que exigem pausa na ação e uma clínica observação. O comparativo adiante, produzido pela competência do Digital Foundry, consegue resumir os pontos supracitados:
Em se tratando de cinemáticas, o Xbox One trabalha com uma resolução de 1440 x 1080, enquanto o PS4 entrega 1080p. Olhando os dois, lado a lado, dificilmente você vai notar um salto brutal. A qualidade permanece bastante equalizada nas duas plataformas.
Xbox One S e o frame-rate: sim, melhora!
O frame-rate de Rise of the Tomb Raider fica estável nos 30 fps no PS4, como também mostra o vídeo acima. Em uma ou outra cena mais movimentada do Xbox One, essa taxa cai para 28, não menos que 27, um desempenho absolutamente aceitável.
Mas se essas ligeiras quedas momentâneas te incomodarem, seja bem-vindo ao Xbox One S, a melhor versão Slim de um console de todos os tempos: o aparelho estabiliza os quadros e os fixa nos 30 fps, pareando essa versão com a de PS4. Essa lacuna, portanto, que já foi motivo de discórdias entre os fãs de cada plataforma, foi preenchida com sucesso pela Microsoft.
O balanço continua o mesmo: Rise of the Tomb Raider é um nota 100 de boca cheia, um jogo que obedece aos princípios de diversão ao mesmo tempo em que consegue trazer primor técnico e uma história cheia de reviravoltas. Fiquei ainda mais feliz ao rejogar essa pérola e me sentir convicto da análise realizada ano passado.
Essa é, definitivamente, a Lara Croft com a qual sempre sonhamos – humana, madura, sagaz e forte. Rise of the Tomb Raider tem foco na experiência de jogo. Você ficará plenamente satisfeito jogando no Xbox One, no PC e até mesmo no Xbox 360 – e, agora, no PS4 também. O meu segundo melhor jogo de 2015 merece ser platinado. A primeira posição permanece com The Witcher 3!
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